Blogueiro bicudo pede arrego

Por que não deixamos para o 2º turno a eleição do novo presidente da República?
por Ricardo Noblat

Você se considera bem informado sobre o que os candidatos a presidente da República pretendem fazer caso se elejam?
Você acha que pôde de fato comparar as ideias de uns com as dos outros?
Você teve paciência para assistir aos debates entre eles no rádio e na televisão?
Você se considera pronto para eleger com segurança o novo presidente? Ou para reeleger Dilma Rousseff?
Por último, você acha que terá a ganhar ou a perder se adiar por mais 15 ou 20 dias a escolha do presidente?
Desde que cheguei para morar em Brasília há mais de 30 anos, vivo de acompanhar os políticos – o que pensam, o que fazem, o que deixam de fazer.


E mesmo assim digo que responderia “não” às quatro primeiras perguntas. E responderia que só tenha a ganhar caso a eleição do sucessor de Dilma seja transferida para o segundo turno.
No primeiro, há candidatos de mais e tempo de menos para que se possa selecionar com segurança aquele que marcará a vida de quase 200 milhões de pessoas pelos próximos quatro anos.
Em meio a muitos, é mais fácil para um candidato dissimular o que de fato pensa. No confronto a dois, naturalmente é mais difícil.
Num debate de duas horas e meia, como o da última quinta-feira na Rede Globo de Televisão, um candidato responde a menos de 20 perguntas. Convenhamos: é pouco. Ou quase nada.
Então por que não nos damos a oportunidade de refletir melhor sobre quem desejamos eleger empurrando a decisão para o segundo turno?
Nada perderemos com isso. Pelo contrário.

Um comentário:

  1. Para que deixar para outro dia o que posso fazer amanhã? Vamos reeleger Dilma é no primeiro turno!

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