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Farinha do mesmo saco

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Joel Neto

A profecia de Jucá e a Farsa Jato ou Farinha do mesmo saco, por Armando Rodrigues Coelho Neto

Não existe combate à corrupção no Brasil e sim uma caça a Lula e ao Partido dos Trabalhadores. Já o disse antes neste espaço e reafirmo até prova em contrário. O processo seletivo de alvos permanece e alguns atos pontuais diferenciados, com aparente cunho apartidário, são calculados e seus efeitos são minimizados com notícias contra Lula, Dilma, PT. Os oficiantes da Farsa Jato sabem disso, enquanto ajudam a alimentar o bordão de que “todos são farinha do mesmo saco”, na desqualificação e criminalização da política.

Ao que parece a farinha do mesmo saco carece de melhor reflexão. Um bom começo é explicar a razão porque chamo de Farsa Jato as operações policiais desencadeadas pela Polícia Federal. Operações essas aplaudidas pelos políticos a quem servem, como se fossem farinha de outro saco, sob ovação de fósseis da guerra fria, ignorantes raivosos e uma legião de desavisados. Permaneço em estado de reserva crítica com meu “desconfiômetro” ligado.

Não estranhem a linguagem. Os tons das falas e os termos se adequam à aura que o ambiente ou interlocutor merecem. O interlocutor ausente, no caso, não merece respeito, pois integra a horda dos que se julgavam mais brasileiro e mais honesto que eu. Por ignorância ou má fé, destituíram uma Presidenta honesta e içaram ao comando da Nação um gabinete de quadrilheiros. A corja de suspeitos e investigados que destituiu Dilma Rousseff é a mesma que diz sim a um traidor golpista. Ele fica e não será investigado.

Nesse ponto, imprensa, Farsa Jato e seus derivados se nivelam aos parlamentares. Aqui afirmei que delegado federal não poderia ter o mesmo discurso de Eduardo Cunha. E é justamente aqui que me ocorre a fala de Romero Jucá quanto a “um grande acordo nacional envolvendo o supremo e tudo”. A cada omissão no STF diante das evidências de que estamos num estado de exceção,  soa mais claro que “as farinhas do mesmo saco” estão em sacos distintos, mas vêm da mesma plantação de mandioca. Estão estrategicamente acomodadas nos pontos de interesse dos donos da plantação. Trata-se de mandioca de um país com dono, que cansou de brincar de democracia e que recorreu ao mal do qual sempre se alimentou e se alimenta (corrupção), para dar violar a democracia.

Mais fina ou mais graúda, a farinha da Farsa Jato vem da mesma plantação. Nesse concurso de farinhas, ficou claro o suspeito e criminoso conluio entre a mídia golpista e a cozinha do golpe. Veio à tona o vicioso círculo de produção recíproca de fatos: a farsa alimentando a mídia e a mídia alimentando a farsa, enquanto o brasileiro consciente ou não ficou órfão da verdade. Ninguém da Farsa Jato esboçou nota crítica ou esclarecedora quanto às coincidências entre operações e fatos políticos, nem quanto à relação de causa e efeito entre ações e omissões. Algo assim: quinta-feira tem um boato, na sexta-feira uma matéria na Globo, no sábado a capa da Veja e suas assemelhadas, no domingo... bate cachimbo...

Neste espaço chegamos a documentar as estranhas declarações de ministros da ex-suprema corte (minúsculas de protesto), que alardeavam a necessidade de que as decisões da justiça precisavam estar de acordo com o anseio da sociedade. Como assim? Se a Farsa a Jato em conluio com a justiça é quem alimenta a mídia e esta, por sua vez, forma, cria e desenvolve o anseio popular, como esperar uma sentença isenta, republicana, em conformidade com o Direito e a Justiça? Noutras palavras, existe uma promíscua ligação entre a aparente coerência de uma sentença e um anseio popular fabricado. Tudo a revelar a degradante relação da imprensa com o judiciário ou um encontro de farinhas.

(E surtiu efeito. Como um meliante em bando – um rouba a carteira e joga pro outro, que passa para um terceiro que grita: perdeu playboy!)

Promiscuidade. Esse é o termo que com clareza substitui expressões eufemísticas como imparcialidade, ação republicana, liberdade de imprensa. A Farsa Jato vaza, a imprensa divulga, escandaliza, reverbera o sentimento de indignação social. Logo, a sentença precisa atender o indignado anseio social.

Essa relação de causa e efeito ficou clara no pouco escrúpulo da sentença condenatória do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, no caso triplex. Moro descartou a prova legalmente admissível em direito (escritura, posse, domínio, controle) e se entregou ao contorcionismo jurídico para justificar um injustificável. Reconhecer a falta de provas seria um preço muito alto, não só para a Farsa Jato, mas também para a dita grande mídia, que segundo más línguas, quando condenada, dobra indenizações às vítimas para não ter que se retratar. A Farsa Jato não faria isso com suas parceiras.

Em nome da liberdade de imprensa, a execração pública do sentenciado fez parte do moto continuo. Eis a imprensa legitimada pelo judiciário; eis o judiciário legitimado pela imprensa; eis a imprensa e o judiciário legitimado pela opinião pública que ambos se encarregaram de formar. Eis o retrato da profecia de sarjeta difundida na surdina por Romero Jucá: o grande acordo nacional para içar o impostor Michel Temer ao comando da Nação. O congresso corrupto que destituiu Dilma Rousseff com ajuda da Farsa Jato é o mesmo que impede o traidor de ser investigado. O silêncio do STF sobre tudo, inclusive quanto a anulação do golpe, é parte do acordo.

A farsa continua. Para garantia do beiju e do pirão a serem feitos com as farinhas do mesmo saco urge preservar o “grande acordo nacional com judiciário e tudo”. Lula ficou horas-mídia exposto ao ódio insuflado pela mídia, etapa na qual a TV Globo cumpriu criminoso papel e conseguiu inserir no imaginário popular do eleitor do Lula ou não, a idéia de que o triplex do Guarujá é do ex-Presidente. Hoje, a grande decepção é constatar que nesse mesmo imaginário há significativo resíduo da imagem do melhor presidente da história. Isso pode queimar o beiju ou encaroçar o pirão.

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"Eu não sabia" joga todos no mesmo saco, por Josias de Souza

Uma das visões mais partilhadas no Brasil em relação aos políticos é a de que são todos uns a cara esculpida e escarrada dos outros. Na linguagem do asfalto: farinha do mesmo saco. Em campanha, declaram-se capazes de tudo para melhorar a vida da coletividade. Eleitos, revelam-se incapazes de todo. Ao menor sinal de escândalo, recorrem a um mesmo e invariável axioma: "Eu não sabia!"

Trata-se de uma desculpa multiuso. Serve para o Lula posar de inocente no mensalão do PT. Serve para o Azeredo se fingir de morto no mensalão do PSDB mineiro. Serve para Dilma reivindicar o papel de cega no petrolão. E passou a servir para que o Alckmin tente desembarcar do escândalo do cartel dos trens e do metrô de São Paulo.

Há dois dias, ganhou as manchetes a notícia de que a Justiça de São Paulo aceitou uma denúncia do Ministério Público sobre o cartel que operava sob as plumas do tucanato paulista. A encrenca envolve 11 empresas. São acusadas de se juntar num conluio para fraudar licitações e obter contratos da CPTM, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

A promotoria pede que sejam devolvidos aos cofres públicos R$ 481 milhões —a cifra, ainda sujeita a correção monetária, corresponde ao valor dos contratos e a uma indenização por danos morais. As fraudes citadas no processo ocorreram entre 2000 e 2007. Na maior parte desse período, o governador era Alckmin. Só deixou o cargo em 2006, para ser derrotado por Lula numa peleja presidencial.

Alckmin, você sabe, já declarou que "não sabia" da tramóia. Se houve cartel, costuma dizer o governador tucano, o Estado é "vítima". E vai buscar o ressarcimento. Levando-se em conta tudo o que já havia sido noticiado em 2008, o lero-lero do governador perde substância.

Naquele ano de 2008, autoridades francesas e suíças invadiram os porões da Alstom, outra empresa do cartel. Recolheram sólidos indícios de pagamentos de propinas pelo mundo, algumas delas no Brasil –parte em São Paulo, parte na esfera federal. Em 2009, Alckmin ocupou o cargo de secretário de Desenvolvimento de São Paulo, no governo do correligionário José Serra. Em 2010, reelegeu-se governador. E nada de varejar os contratos.

Além de ser uma impossibilidade genética, a tese segundo a qual todos os políticos são iguais é uma armadilha perigosa. Na prática, desobriga o eleitor. Se são todos iguais, para que votar? Numa democracia ideal, a chave do sucesso está na capacidade de distinguir as diferenças.

A democracia brasileira talvez comece a ser construída no dia em que a plateia se der conta do seguinte: governantes que nunca sabem de nada são tolos ou cúmplices. Em qualquer hipótese, comprar um carro usado na mão deles ou dar-lhes o voto são coisas muitos arriscadas.

P.S o mesmo se aplica aos jornalistas da grande mídia

E-mails de internautas

Todos os comentários sobre a matéria:
SAQUE NO CAIXA É 44% DO CARTÃO CORPORATIVO DE SERRA

macelosilva@hotmail
e a CPI dos cartos do Serra, ninguem faz? so sai a do Lula se sair a do Serra, ou o cartao tucano vale mais?

Renato
Tá.... o governo de São Paulo deve mesmo dar explicações sobre os gastos e os saques.... Mas pergunto..... Qual a porcentagem dos saques no cartão do governo federal??? Qual a evolução desses gastos??? Porque o conversa afiada não disponibiliza esses numeros também??? Quem acredita em CPI???

Haroldo
PAULO, VOCÊ VERIFICOU - POR ACASO - SE DENTRO DOS CENTO E OITO MILHÕES DE REAIS GASTOS PELOS CARTÕES CORPORATIVOS PATROCINADOS PELO GOVERNO TUCANO DE SÃO PAULO (ZÉ SERRA), CONSTAM OS VALORES REFERENTES ÀQUELA SEMANA DE PASSEIO DO GOVERNADOR ZÉ EM ZURIQUE (NÃO EXPLICADA ATÉ HOJE), LOGO APÓS O SORTEIO DOS GRUPOS DA COPA DO MUNDO DA ÁFRICA NA SEDE DA FIFA (NO ANO PASSADO)? :-)

Sérgio
sergio@pixel.art.br
Qual foi a resposta da Editora da Folha e da assessoria do Serra? Acharam que se tratava de outra brincadeira?

divaldo
divaldomelo@ig.com.br
Me esqueci de uma coisa.....onde está a tão propalada GESTÃO do governo tucano. É nas pequenas coisas que podemos ver onde está a tão falada probidade do governo.

cezar da silva alexandre
cezardersa@ig.com.br
isso é uma vergonha,enquanto muitos passam fome por esse brasil as autoridade estão por cima do caviar.Esses sim são os inrresposavél do pais sem nehum compromisso a sociedade.por isso vamos pensar em quem votar nas proxima eleições.por que todos são da mesma panela CEZAR- JUQUITIBA

divaldo
divaldomelo@ig.com.br
Está aí, esta é, mais uma dentre muitas coisas que não prestam que vieram do governo dos tucanos que tanto apregoam a tal de gestão. O Lula realmente recebeu mais esta herânça maldita. Querem coisa pior que este tal de cartão corporativo? É simplesmente imoral. É deixar a raposa tomar conta do gelinheiro. Dela se aproveitam os oposicionistas PSDB e Demo para torpedear o governo do Lula visando o próximo pleito eleitoral, através da difamação é lógico. Mas me parece, para a oposição que ficou pior a emenda que o soneto, pois quem criou este cartão e que fez uso dele, deverá prestar contas dele durante seu governo para provar que foram ecônomos.

h.braemer@ig.com.br
( NELSONPVB@GMAIL.COM. ), É QUE VOCÊ AINDA NÃO LEU A <> DO RIO DE JANEIRO QUE NÃO FAZ PARTE DO p i g . POR SER UM JORNAL INDEPENDENTE. SEM PROPAGANDA DO GOVÊRNO FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL. MUITO MENOS DO SISTEMAS: BANCÁRIO E EMPRESARIAL ( com raríssimas vêzes ). MANTER UM JORNAL NESTAS CONDIÇÕES RODANDO, TEM QUE SER MUITO BOM MESMO !!! LEIA O CONVERSA AFIADA E A TRIBUNA DA IMPRENSA - RJ. JORNALISMO PURO . SEM VÍRUS DA FEBRE AMARELA !!!

jose santos
jmarsantos@hotmail.com
o que a gente ve e que tem dinheiro sobrando,pa tudo lado menos pra fazer algo de bom pra população ,ex:como dar aumento justo pra aposentado que ganha mais que o munimo,e.t.centra governo e sai governo a picaretagem e a mesma. fala serio assim nao da mesmo

Eduardo C.
Toda vez que um escândalo criado pelo PIG atinge o pp pé, eles não divulgam por se tratar de notícia velha. E alguns idiotas acham que vc, PHA, só menciona o fato para 'salvar' a imagem do LULA. E assim este país vai, precisa bater no muro pra entender que está no caminho errado. E qdo acerta o caminho, o PIG vem e diz que o outro caminho era melhor, e a grande maioria do país (com preguiça de pensar), engole tudo, e volta a votar na direita. Qdo a direita estava no poder, o PIG dizia: está ruim, mas seria pior com o PT e LULA; qdo LULA está no poder, o PIG diz: seria melhor com a ARENA (PDS - PFL - DEM + PSDB)...

Adauto
adautocoelho@hotmail.com
PHA, o Arnaldo Jabor disse temer uma vitória de Obama nos EUA, porque seu governo pode ser vítima de sabotagem pela direita ultra-conservadora. Engraçado, né. Pena que ele não tenha a mesma preocupação com as coisas de nosso país como demonstra ter pelas dos outros.

Marcos
O PIG publica a notícia de que o governo gastou uma nota com os cartões corporativos como se as despesas não estivessem previstas no orçamento e como se fosse tudo uma enorme farra com o dinheiro público. É muito fácil convencer a opinião pública deste jeito, difícil vai ser provar o contrário, como sempre a verdade é mais difícil de provar que a mentira. Tá na hora do governo por um fim nesta palhaçada do PIG, não acha, PH?

Barbosa Maciel
carloponty@uol.com.br
A Folha (pig) de São Paulo, publicar algo que possa colocar o rei da hipocrisia José Serra, em situação constrangedora? Nunca, nunquinha mesmo! Em tempo, ainda assino o serviço desta gente sórdida da FSP ( uol) só pelo email, não uso mais o provedor deles por banda larga, esta gente me enoja.

Paulo
E sim, 108 milhões valem uma CPI...

João de Sales Andrade
jsandradeuro@ig.com.br
A grande imprensa é mesmo irresponsável. Nada dela se deve esperar, que não seja denunciar sem procurar ouvir o denunciado e escamotear sujeiras dos seus apaniguados. É o retrato falado e escrito da vergonhosa imprensa que temos no país.

Paulo
Não sei avaliar com propriedade mas acredito que, se é necessário que determinados servidores possam efetuar certos gastos, então que seja por meio de cartões corporativos que, aparentemente, permitem saber como foi utilizado. Agora, não acho certo tentar justificar o gasto de alguns criticando a forma que outros usaram. Se erraram, erraram todos! Não sejamos partidários de determinados governos e sim partidários do Brasil...

Sergio
E não é diferente, perceberam que os maiores gastos estão na área de segurança, saude, educação e fazenda. Exatamente, as mais eficientes, e que não exigem e nem são deixadas para a iniciativa privada, não é verdade??? Há algo de podre no reino dos humanos!! Se é que fazem jus ao termo HUMANOS???

italo
doitalo@superig.com.br
A reconquista da Presidência promovida pela direita conservadora, ou minoria branca e rica que revezou-se no poder após 1965, e que vos fala através do PIG que pouco reclamou durante quase 40 anos em que mais aumentaram desigualdades e miséria no País, simplesmente não incluem em sua cartilha política a distribuição de renda, poder de compra, geração de emprego e renda, combate à sonegação e corrupção. Ao contrário pretendem, com todo ódio, unicamente reconquistar a Presidência perdida. A Imprensa já não desconfia e contesta as informações oficiais, eles suspeitam e criticam, como se adversários fossem.

Márcio
zumzum51@yahoo.com.br
Caro PHA, acredito que foi uma jogada de mestre do governo se antecipar à CPI da oposição e requere-la em outros moldes de forma a podermos comparar os numeros dos governos FHC e Lula. A manifestação do Sr. Senador Arthur Virgilio é hilaria. Quanto a questão da Folha de São Paulo, permita-me dizer que seu questionamento é capcioso. A Folha é carapaça da blindagem que revestira nosso querido Governador até as eleições de 2008. A Folha de São Paulo prefere ser mais contundente indagando o Sr. Governador sobre uma comparação entre o carnaval paulista e carioca, a qual o Sr. Governador respondeu com singular sabedoria.
FORA PIG

stelapaulab@hotmail.com
CARACA !!!!!!!

Cassiano
PHA, em se tratando apenas de um estado da federação, convenhamos, trata-se de uma tapioca de Itu. Agora, voce sugerir coerência à folha de São Paulo, me desculpe, aí o senhor já quer demais. Essa eu pago pra ver!!

Thiago José Rodrigues
thiago.rodrigues_2005@hotmail.com
O uso do cartão corporativo por parte das autoridades parece com a propaganda da Volkswagen “Gol use sem dó”. Use o cartão sem dó o dinheiro é dos outros.

alexandre
alecmonteiro@ig.com.br
Isso me faz acreditar cada vez mais que o grande problema não está no que a mídia mostra, mas sim no que ela omite. Porque só agora resolveram falar sobre os referidos gastos no governo federal? porque não falaram sobre os gastos dos estados também? Isso me leva a uma outra pergunta: será que só no governo federal ocorre corrupção? Moro no estado de SP e, francamente, não vejo a mídia dar a mesma cobertura para os problemas de improbidade do governo estadual do que ela dá para os do governo federal. Tem alguma coisa errada nessa história ou estou vendo chifgre em cabeça de burro?

Marcos SP
Alguns números são interessantes de serem notados. Por ex. de 2006 para 2007 a Secretaria da Cultura REDUZIU em qause metade seus gastos no cartão, de 314 mil foi para 167 mil. Em compensação houve um INESPLICÁVEL-ABSURDO AUMENTO pela SEC.DA JUSTICA E DA DEFESA DA CIDADANIA de 11 vezes, repito ONZE VEZES, de 257 mil para 2,9 milhões !!!! PHA, quem é este secretário responsável por tamanho rombo? Que cidadão eles estão defendendo com tanto dinheiro?

Fabiano
fabiano.luz@ig.com.br
Vc tá maluco PHA, vc já quer derrubar o presidente eleito pelo PIG moto Serra?

Roberval Padilha
robervalpadilha@ig.com.br
É triste saber que a Rede Globo, Revista Veja e o PIG em geral não falam nada sobre esse assunto, pois afeta diretamente a oposição em especial o sr. Serra. Até quando a sociedade brasileira e o povo paulista em geral vai ser enganado.

Venusto Casto Francisco López
vcflopez@superig.com.br
Esta história de uso do chamado “cartão corporativo” está mal contada. Afinal, os ministros e os outros envolvidos podem ou não podem fazer uso dele? Se podem, estão dentro da legalidade. Ou não? Se não podem, então, em primeiro lugar, como é que todos recebem esses cartões? Se é questão de “uso abusivo”, será que existe, digamos, uma porcentagem fixa que se pode gastar? Se não existe, não há ilegalidade. Se estou errado, seria interessante investigar todos os governos anteriores para ver quantas autoridades fizeram a mesma coisa e averiguar as quantias gastas, e dar um jeito de recuperar todo esse dinheiro. Como diz o ditado inglês: “O molho para a receita de prato de ganso serve também para o da gansa.”

silspp
silspp@ig.com.br
Quero um desses para mim

suely pacheco chaves
suelyadvocaciachaves@ig.com.br
que vergonha sera q. o serra dorme bem a noite sabendo q. ele ha dez anos n. da aumento para os funcionarios aposentado alegando q. n. tem dinheiro,meu deus q. aja justiça divina e dos homens pelo amor de deus

Marco Tulio N Chagas
mtulionc@yahoo.com.br
E agora, José? Viram a coletiva da Dilma, do Franklin e o responsável pela segurança institucional, general Alberto Cardoso na NBR? Em minha modesta opinião, fiz as seguitnes observações: Dilma continua sando show nas entrevistas mostrando total conhecimento de tudo que a cerca, Fanklin enquadro uma reporter de nome Leila que não sei a que veículo pertence, e o general mostrou que não se dá bem frente às camaras (ou cameras). Raro momento de reação do governo.

richardson andre
richardsonbandre@gmail.com
quando sua preocupação com o bem público começará em relação ao governo lula. lembre que o stf já decretou que há os 40 ladrões... quem será o ali babá ?

Tiago
t@ig.com.br
E isso ausenta a culpa da ministra do Lula? Seja mais isento, até parece que o mal do Brasil é o PIG e não o PT. Provavelmente esse comentário não será publicado.

Eduardo
edu_miserento@hotmail.com
44% de saques na boca do caixa?? O estranho é que a imprensa só fala dos gastos do cartão do governo federal, mesmo sabendo que o candidato do partido mais forte da oposição, o PSDB, é o Serra. Não seria o mínimo de imparcialidade que a imprensa desse o mesmo destaque para esses saques no governo de SP também? Ou só vira manchete nesse país se for algo contra o PT?

Bruno Leite
Caro PHA, Você tá sendo generoso demais ao anotar só 44%. Preste atenção na tabela: a Casa Civil do Serra sacou no caixa R$408.026,73, de um total gasto de R$619.624,90. ISSO É 2/3 DO GASTO!!! (mais precisamente, 65,85%) Por que essa benevolência, PHA?

Nics
nicwil@ig.com.br
http://=.=
Pimenta nos olhos dos outros é refresco! Já mandaram esta tabelinha aos falastrões dos Demos e Tucanos ?

Wal
wmnogueira@ig.com.br
Uau. Agora só falta você achar algum crime, pois até agora vc não achou nada de errado, apenas o fato de que o governo paulista deveria ter mais transparencia, impossível nos saques. Mas ainda tem bem mais transparência que o governo Lula e seu portal recém-fechado... E eu não sei se o Serra está disposto a abrir uma CPI igual a do governo federal, indicada pra fazer barulho e não resolver nada, ao melhor estilo do prisidenti... gasta muito dinheiro público e não ajuda em nada, né?

graciliano
ipocla@ig.com.br
Suas perguntas à assessoria do presidente eleito pelo PIG e à Folha são perfeitamente jornalísticas. Como contribuinte e consumidor de informação eu quero saber exatamente isso que o Conversa Afiada indagou. Só não acredito numa CEI da Assembléia Legislativa: os deputados esqueceram como é que se instala uma, em treze anos de anomia e cumplicidade total com os governos tucanos. Quanto à Folha, está no seu Manual do Rabo-Preso: Aos amigos (e sócios) tudo, aos inimigos a serem derrubados, a lei!

Henrique
hcsaid@ajato.com.br
PHA, No ôlho do furacão. Espetacular.

Leao
donizetileao@ig.com.br
É isso aí. Não tem nada de segurança nacional. Tem de abrir os gastos com cartões. Não tem essa de comparação com governos anteriores. É preciso começar no planalto e depois descer para os estados. Vai ser uma festa. Tem de apurar. Afinal, o dinheiro é meu.

Marcio
mrbh2@hotmail.com
Eeeeta. Quem era pedra agora virou telhado. Seria ótimo que se instaurasse um comitè para avaliação da imprensa brasileira. Não é possivel tamanha parcialidade naquilo que chamam de jornalismo objetivo e independente. A folha, estadão, o globo e compahia ilimitada são objetivos apenas na edição e manipulação da informação em prol de seus interesses. Boa Paulo Henrique. continue com este excelente trabalho.

Djalma de Tatuí
O governador José Serra deve uma explicação convincente sobre este excesso de gastos e do porque desta preocupação com a retirada de tanto dinheiro na boca do caixa, afinal de contas ele foi uma das lideranças, de um dos partidos, o PSDB, que defendeu a queda da CPMF-de forma velada- e que vive defendendo a diminuição dos encargos sobre as empresas. Ora, senhores, gastar o nosso dinheiro,recolhido em forma de impostos,de forma tão obscura não é aceitável. Este partido e seu representante máximo no estado de São Paulo devem à população uma abertura destes gastos. No mínimo deixar estes valores e dicriminar os gastos é um imperativo moral para esta situação. O povo de São Paulo aguarda ansioso esta resposta veemente, afinal, o procedimento de esconder tais gastos já é, por si só, muito estranho...

Djalma Benedito Mathias
djalma_mathias@ig.com.br
Eu só queria ver se o governador, que se diz tão honesto, vai ter realmente a coragem que teve o presidente e mostrar discriminando detalhadamente quais foram os gastos efetuados por estes senhores que ocupam o primeiro e segundo escalão deste governo, afinal de contas, ele deve uma explicação convincente para esta exorbitância de gastos dos impostos que nós pagamos. Deve sim uma explicação à população deste estado. Vamos cobrar deste senhor nas urnas. Não é à toa que o PSDB vem despencando a cada eleição, a cada vez que o povo pode devolver a falta de transparência e de preocupação com a opinião pública. É... governar de costas para o povo pode ser desastroso...

Renato
odeioaveja@ig.com.br
Isso sim é jornalismo de verdade !!! Parabéns !!!


carlosdaumont@ig.com.br
Da mesma forma que os imensamente mentirosos e hipócritas vemos o comportamento dos PSDBs/DEMOs da vida ao não concordarem com a CPI dos Cartóes Corporativos para o periodo FHC e SERRA, pois, com toda certeza, a opinião pública(ao analisar, de forma verdadeira, os fatos realmente acontecidos)se voltaria conta os mesmos e isso eles não vão admitir jamais! O pior é alguns que fingem não perceber comportamento tão hipócrita e mentiroso e ainda os defendem!

julio
julio@segurodecargas.com.br
Rastreiem também os da época do GLORIOSO FHC. DO ALCKHIMIN, DO COVAS DO PSDB, DO PFL (OS DEMOCRATAS, Q CHIQ NÉ)...................DE TODA ESSA TURMA DE grandes homens públicos. E as leis que não q creiaram para não abri cpi´s...........nossa.....só no BRASIL.

Igor Dellanoce
PHA, se por acaso, o Serra ou qualquer outro politico do PSDB vier a ser presidente, vc se tornará membro do PIG??????

José Almeida
m@m.com
PHA, encomende uma cadeira. Nunca publicarão tal planilha e provavelmente nunca te responderão esse post (O Serra já respondeu às 30 perguntas?). Estão deitados em berço explendito esperando 2010 e seu(deles) salvador.

heitor rodrigues
hera_fo@ig.com.br
Caro PHA, talvez suas fontes informem quantos cartões corporativos paulistas estão em circulação. Com a CPI do Congresso investigando o que deveria ser uma ferramenta de trabalho desde a sua criação, agora transformada em escândalo pelo PIG, taí o feitiço virando contra o feiticeiro.

kheinzen
A máscara da oposição caiu!!!

Rubens Santana
rubenssal@ibest.com.br
Os lacaios do PIG(Tvs,rádios,jornais revistas)ocupam grande parte dos seus espaços e horários, tentando imputar ao governo Lula a criação e a malversação desse cartão corporativo.Será que esses hipócritas irão dar o mesmo espaço para o cartão do Serra.Lula precisa reagir, senão o PIG ainda vai colocar na sua conta a crucificação de Jesus Cristo.

graciliano
ipocla@ig.com.br
Aquele Reinaldo Chapéus, da Veja, acusou o golpe da criação de uma CPI pela liderança do PT para investigar os tais cartões corporativos. Não era para valer, era só um discurso da oposição, como sempre. Mas agora a CPI será criada, por iniciativa do governo e para investigar desde 1998! Isso é que deixou o factóide da Veja irritadinho: ele saiu em defesa de FHC de imediato. Pulou na frente de seu chefe, como bom cão de guarda que é. Chega a ser engraçado como esses paus-mandados do tucanato-pefelista, para não dizer do fascismo, entregam o jogo de primeira. Quero ver o alto tucanato depondo na CPI sobre seus gastos, até com parentes criados na Europa.... hahahaha

rogerio
rogerio.mfm@gmail.com
Os gastos são tb. elevados,temos que abri estas contas também. Sairá CPI em SP? Porém não pode-se atribuir os gatos com mesa de bilhar como responsabilidade do Presidente Lula. Tem que resposabilazar o gestor do setor que permite isto TRISTE É QUE A SOCIEDADE(INFLUENCIADA PELA MIDIA) NÃO PERCEBE OS AVANÇOS DA TRANSPARÊNCIA QUE É O MAIS IMPORTANTE. Pena mesmo, que as pessoas (os 20% da elite branca) não aproveitem os avanços da transparência para consolidar estes sistema, mas não adianta seu compromisso não é com o país, e com as suas vantagens TAMBÈM.

Rogério Marcio
Claro, que em nome da liberdade de imprensa, eles não vão divulgar...

WILSON
senhor.anjo@ig.com.br
Cartões corporativos não deveriam nem existir, já que não há nada que justifique sua utilização em nenhuma esfera de poder.

edson araujo
eca103@uol.com.br
PHA, obrigado por isso! Agora podemos dormir sossegados, o roubo do Petismo esta mais do que justificado ja que existe roubo Tucano! Brilhante!!! Viva a imprensa livre e escrupulosa do nosso pais! Parabens tambem pelas perguntas! Muito bem feitas e vao exatamente ao ponto: porque subiu mais do que a inflancao? Porque 44,5%? Brilhantes! Obrigado por tornar nossas mentes e almas mais leves e informadas!

Reginaldo Pedro
rjwrpedro@ig.com.br
Quero só ver que explicação terá todo esse gasto!;;;;;SERÁ QUE A FOLHA DE SÃO PAULO VAI PUBLICAR MESMO?....SERÁ?

Minerin
Mais uma vez a oposição mira no governo federal e acerta no próprio pé. Pelo andar da carroça o PSDB não voltará ao Planalto tão cedo! (Se Deus quiser!!!)

lino
linobahia@hotmail.com
http://linobahia@gmail.
O BOM DIA BRASIL ESTÁ A MAIS DE TRÊS MESES COM O HORÁRIO ERRADO.

Juca
juca.saa@hotmail.com
Vamos canonizar o Lula, o cara é um Santo, não um Deus. O cara é perfeito!!

ricardo
ricpires3@ig.com.br
o que pha acha dos gastos com cartão, independentemente de quem os faz?

Justo Leal
Você está sendo bonzinho. 44% é a média, mas teve secretaria que sacou 90% (Agricultura, Fazenda, Assistência Social, Ensino Superior). Vamos ver se o PIG vai transformar isto em mais um escândalo. Duvido!

Luiz Cláudio Soares
soares.lc2@oi.com.br
CPI NELES!!!

jose ribamar cantanhede sousa
cleanexpress@oi.com.br
A folha só ta de olho ou boca na tapioca do governo, Jornaleco desclassificado.

Carlos
caninha44@yahoo.com.br
Entra mês, sai mês, e não tem jeito. Sempre surge mais uma podridão da parte daqueles que deveriam servir como exemplo para o povo. São verdadeiros ratos corruptos que roem constantemente a imagem do Brasil.

Alessandra
aleuchoa@hotmail.com
Com certeza e para pagar a pizza, pessoal!

chico melfi
chicomelfi@melfinet.com.br
48 milhões em saques diretos nos cartões corporativos no Governo de São Paulo em 2007? Que escândalo! Estou esperando (sentado)que a Folha de destaque sobre o assunto, em manchete, na primeita página, como fez com a ex-ministra da Igualdade Racial.

Anton io Carlos Gomes
MAESTROGUARANI@SUPERIG.COM.BR
Oi Paulo Henrique,tudo bem? Quero te agradecer,pois se você não publica,nós os contribuintes não ficamos sabendo.Encerra este governo estadual e vambora já!

Nelson
nelsonpvb@gmail.com
PHA, você não tem medo de o PIG contratar um hacker para destruir suas conversas-afiasdas? O PIG não vai publicar isso. É possível que escondam a notícia em baixo das Folhas do Globo. Outra coisa, acho que você está sendo responsável pela queda de audiência e do número de leitores do PIG, pelo menos quanto a mim, estou enjoando desse partido político.

Nelson
É apenas uma tentativa do PHA em fazer nuvem de fumaça. Cada caso é um caso. Gostaria que o Lula e seus 40 ladroes tivessem o mesmo destaque que o glorioso governador Serra.

Régis
regiscunha@gmail.com
Como diria um outro jornalista... é uma vergonha!!!

Arlindo
arlindofono@ig.com.br
Como sou brasileiro e não paulista, gostaria que vc perguntasse isso tbém ao presidente Lula. Só que lá não é 48%, é 70%.

braz de lima bezerra
braz.lbezerra@ig.com.br
vcs deveriam publicar as planilhas anuais dos gastos com cartões corporativos do governo Lula e comparar com as do Serra, será mais Democrático.

Amaury Andrade
amauryandrade@pop.com.br
Pois é PH! Eu quero saber mesmo, não só desse resumo; mas das: 1 - NOTAS FISCAIS ? E de preferência sem GATOS. 2 - Nome e Matrícula de Quem utilizou? 3 - CNPJ e/ou CPF do Favorecido? 4 - Mas importante ainda, quero ver o RECIBO? Datado e o nome de quem RECEBEU?

henrique de oliveira
chomerda@ig.com.br
Como se trata de gente do psdb/pig/pfldemo , não interessa para a imprensa , já se fosse o pt , a coisa é outra.

Fátima
carneiro-silva2006@ig.com.br
O pau que dá em Chico também que dar em Francisco. Por que então a FSP omite, ou esquece?

Anderson
E agora? Concordo que os gastos com cartão do Governo devem ser investigados, mas se a folha realmente teve acesso as informações sobre os gastos do Governo Estadual, porque não faz o mesmo barulho??? Vamos aguardar..

Luiz Claudio Henriques
claudiohenriques@ig.com.br
Ora, Viva!!!

wagner
volfgang@brturbo.com.br
Isto é uma VERGONHA !!

petromen
petromen@ibest.com.br
Com essa turma, a gente já sabia que era assim...mas o PT...justo o PT mostrando uma fome insaciável pelo patrimônio público? é demais!

paulo
paulorocha6969@hotmail.com
Quando foi mesmo que o governo lula comecou??

pedro
pedro@pbh.com.br
Interessante o tanto que se gastou com segurança publica, penitenciarias e saude em Sao Paulo... Deve ser por isso que é um estado tão calmo, onde os indices de violência são comparáveis aos da Suécia...rsss Pena o PIG nao divulgar essa tabela.!!!

Luciano
placon2@portoweb.com.br
PHA, ao meu ver TODOS os governantes são farinha do mesmo saco , não tem um nem um pouco de consideração com o dinheiro publico, sejam eles do PT , PSDB , DEM ou outra quadrilha qualquer, porem acho que te falta imparcialidade nas tuas considerações a respeito desses assuntos.

luciano barroqueiro
lbarroqueiro@ig.com.br
é pra ver q o Lula teve bons mestres!ValerioDuto,Cartões corporativos,aprendeu rápido o Lula.O problema é q ele tá recebendo umas aulas do Chaves pra virar imperador também...depois quero ver tirá-lo de lá.

Nassif - o jogo midiático

Vamos entender melhor esse jogo político e o papel da mídia nesse processo.

Ontem a Globonews e a UOL transmitiram na íntegra e ao vivo, o discurso do senador Jarbas Vasconcellos. Aqui, publiquei um artigo em que um desafeto do senador o acusa das mesmas práticas que ele imputa aos adversários. Bastaria a mudança de ênfase - os jornalões darem mais ênfase ao acusador do que a Jarbas - para o pêndulo político se mover para o outro lado.

Os atacados são figuras notórias. Neste momento, graças à sua rede de relações políticas e jurídicas, o senador José Sarney está conseguindo afastar do cargo um adversário, o governador Jackson Lago, do Maranhão, que o venceu democraticamente nas urnas.

Quando começou essa onda contra Lago, escrevi alguns comentários no blog, ele me procurou, contou o que estava acontecendo, as ligações da desembargadora que o condenava com o esquema Sarney. Publiquei aqui. Nenhum jornalão deu nada, porque não interessava naquele momento.

Se se escarafunchar a vida política do Renan Calheiros, mesmo sem os factóides da Veja, vai se encontrar um jogo semelhante. Em várias capitais em que vou  palestrar, muitas vezes me convidam para entrevistas na TV local. Quase sempre há como sócio oculto políticos, alguns que se notabilizaram por campanhas moralistas relevantes.

O que se conclui disso?

Tem-se um sistema político  podre, que permite toda sorte de irregularidades dos seus participantes. Um país civilizado, com imprensa moderna, estaria focado na discussão de como aprimorar o sistema político.

Mas aos jornalões não interessam porque eles são os maiores beneficiários desses vícios. São esses vícios que os tornam poderosos, que lhes permitem utilizar como moeda de troca. Dependendo de seus interesses comerciais e/ou de suas alianças políticas, definem o que será notícia, qual será a denúncia da vez.

Como selecionar as denúncias

Um discurso moralista do Jarbas – com seu passado de político tradicional – seria notícia? No máximo um pirulito em uma página de jornal. Mas confere-se solenidade, destaque e um episódio banal – porque uma denúncia sem fatos, seletiva (porque apontando só os adversários dentro do partido), de um político tradicional – torna-se fato jornalístico.

O poder de manipulação da mídia consiste em sua capacidade de escolher o escândalo. Poderia ter escolhido o de Jarbas contra os adversários do PMDB (poupando os aliados que são da mesma estirpe) ou desse obscuro deputado pernambucano que denuncia Jarbas. O poder de criar o escândalo fica nas mãos da mídia.

E, aí, é utilizado para os objetivos mais rasteiros. Tome-se o caso da Editora Abril. Perdeu bisonhamente a disputa pelos cursos apostilados, quando disputando o mercado com outros concorrentes, como deveria ser em uma economia de mercado, que ela tanto defende. Aí monta um acordo político com Serra, faz o jogo que lhe pede e consegue, do estado e da prefeitura, praticamente a terceirização de parte do material didático. Venceu outros grupos com tradição no mercado, com resultados alcançados e, com menos de dois anos de existência, seus cursos apostilados tornaram-se material oficial do estado de São Paulo. Alguma diferença com os métodos de Sarney e Renan?

Provavelmente está conseguindo outros contratos em outros estados e metrópoles com esse modelo. Não só pelo apoio político, mas pela ameaça que significa a qualquer político desse país pelo seu poder de selecionar a denúncia contra quem quer que seja. Quando a Abril explode uma denúncia contra um político, ou quando o enaltece na capa – como aquela capa sobre os melhores governadores do país –, ou quando lhe dá a entrevista de Páginas Amarelas, qual o jogo de troca por trás disso? A defesa dos valores da ética? Conta outra.

Os virtuosos

Então, quando se assiste a essa pantomima toda, o que pensar? Renan e Sarney são virtuosos? Longe disso, mas bota longe nisso. O lado serrista do PMBD é virtuoso? Temer, Quércia? Não preciso responder. O lado peemedebista do FHC era virtuoso? Ora, são os mesmíssimos que garantem o apoio do PMDB a Lula.

Nem assisti ontem o discurso de Jarbas para saber se ele mencionou seus companheiros Gedel Vieira Lima e Eliseu Padilha – figuras centrais no apoio do PMDB a Lula. Provavelmente não, e por uma razão simples.

No tempo de FHC, nas prévias do PMDB em que se impediu Itamar de sair candidato a presidente, houve até tropa de choque contratada pelo ínclito senador Luiz Esteves. E quem estava na ponta da cooptação política, disputando Ministérios e Secretarias que permitissem comprar adesões e liderando o esquema que tinha até os pega-bois de Luiz Estevão? O líder máximo era Jarbas Vasconcellos, cotado para vice de Serra em 2002. Com o apoio de Geddel Vieira de Lima, do Ministro dos Transportes, Eliseu Padilha.

É só buscar no Blog a nota em que recuperei essa história.

Jarbas é melhor do que Renan ou Sarney? Quércia é melhor do que Geddel? Temer é melhor do que Padilha? São todos farinha do mesmo saco.

É por isso - conforme reconheceu Fernando Henrique Cardoso no seu artigo de domingo do Estadão - que essa pantomima não funciona mais. Aliás, só a contaminação fatal do jornalismo pelos interesses políticos mais obscuros explica essa marcha da insensatez da mídia, em insistir nessas manipulações.

Luis Nassif

Nassif - o jogo midiático

Vamos entender melhor esse jogo político e o papel da mídia nesse processo.

Ontem a Globonews e a UOL transmitiram na íntegra e ao vivo, o discurso do senador Jarbas Vasconcellos. Aqui, publiquei um artigo em que um desafeto do senador o acusa das mesmas práticas que ele imputa aos adversários. Bastaria a mudança de ênfase - os jornalões darem mais ênfase ao acusador do que a Jarbas - para o pêndulo político se mover para o outro lado.

Os atacados são figuras notórias. Neste momento, graças à sua rede de relações políticas e jurídicas, o senador José Sarney está conseguindo afastar do cargo um adversário, o governador Jackson Lago, do Maranhão, que o venceu democraticamente nas urnas.

Quando começou essa onda contra Lago, escrevi alguns comentários no blog, ele me procurou, contou o que estava acontecendo, as ligações da desembargadora que o condenava com o esquema Sarney. Publiquei aqui. Nenhum jornalão deu nada, porque não interessava naquele momento.

Se se escarafunchar a vida política do Renan Calheiros, mesmo sem os factóides da Veja, vai se encontrar um jogo semelhante. Em várias capitais em que vou  palestrar, muitas vezes me convidam para entrevistas na TV local. Quase sempre há como sócio oculto políticos, alguns que se notabilizaram por campanhas moralistas relevantes.

O que se conclui disso?

Tem-se um sistema político  podre, que permite toda sorte de irregularidades dos seus participantes. Um país civilizado, com imprensa moderna, estaria focado na discussão de como aprimorar o sistema político.

Mas aos jornalões não interessam porque eles são os maiores beneficiários desses vícios. São esses vícios que os tornam poderosos, que lhes permitem utilizar como moeda de troca. Dependendo de seus interesses comerciais e/ou de suas alianças políticas, definem o que será notícia, qual será a denúncia da vez.

Como selecionar as denúncias

Um discurso moralista do Jarbas – com seu passado de político tradicional – seria notícia? No máximo um pirulito em uma página de jornal. Mas confere-se solenidade, destaque e um episódio banal – porque uma denúncia sem fatos, seletiva (porque apontando só os adversários dentro do partido), de um político tradicional – torna-se fato jornalístico.

O poder de manipulação da mídia consiste em sua capacidade de escolher o escândalo. Poderia ter escolhido o de Jarbas contra os adversários do PMDB (poupando os aliados que são da mesma estirpe) ou desse obscuro deputado pernambucano que denuncia Jarbas. O poder de criar o escândalo fica nas mãos da mídia.

E, aí, é utilizado para os objetivos mais rasteiros. Tome-se o caso da Editora Abril. Perdeu bisonhamente a disputa pelos cursos apostilados, quando disputando o mercado com outros concorrentes, como deveria ser em uma economia de mercado, que ela tanto defende. Aí monta um acordo político com Serra, faz o jogo que lhe pede e consegue, do estado e da prefeitura, praticamente a terceirização de parte do material didático. Venceu outros grupos com tradição no mercado, com resultados alcançados e, com menos de dois anos de existência, seus cursos apostilados tornaram-se material oficial do estado de São Paulo. Alguma diferença com os métodos de Sarney e Renan?

Provavelmente está conseguindo outros contratos em outros estados e metrópoles com esse modelo. Não só pelo apoio político, mas pela ameaça que significa a qualquer político desse país pelo seu poder de selecionar a denúncia contra quem quer que seja. Quando a Abril explode uma denúncia contra um político, ou quando o enaltece na capa – como aquela capa sobre os melhores governadores do país –, ou quando lhe dá a entrevista de Páginas Amarelas, qual o jogo de troca por trás disso? A defesa dos valores da ética? Conta outra.

Os virtuosos

Então, quando se assiste a essa pantomima toda, o que pensar? Renan e Sarney são virtuosos? Longe disso, mas bota longe nisso. O lado serrista do PMBD é virtuoso? Temer, Quércia? Não preciso responder. O lado peemedebista do FHC era virtuoso? Ora, são os mesmíssimos que garantem o apoio do PMDB a Lula.

Nem assisti ontem o discurso de Jarbas para saber se ele mencionou seus companheiros Gedel Vieira Lima e Eliseu Padilha – figuras centrais no apoio do PMDB a Lula. Provavelmente não, e por uma razão simples.

No tempo de FHC, nas prévias do PMDB em que se impediu Itamar de sair candidato a presidente, houve até tropa de choque contratada pelo ínclito senador Luiz Esteves. E quem estava na ponta da cooptação política, disputando Ministérios e Secretarias que permitissem comprar adesões e liderando o esquema que tinha até os pega-bois de Luiz Estevão? O líder máximo era Jarbas Vasconcellos, cotado para vice de Serra em 2002. Com o apoio de Geddel Vieira de Lima, do Ministro dos Transportes, Eliseu Padilha.

É só buscar no Blog a nota em que recuperei essa história.

Jarbas é melhor do que Renan ou Sarney? Quércia é melhor do que Geddel? Temer é melhor do que Padilha? São todos farinha do mesmo saco.

É por isso - conforme reconheceu Fernando Henrique Cardoso no seu artigo de domingo do Estadão - que essa pantomima não funciona mais. Aliás, só a contaminação fatal do jornalismo pelos interesses políticos mais obscuros explica essa marcha da insensatez da mídia, em insistir nessas manipulações.

Luis Nassif

Cartomante política

Por Renato Rovai, em seu blog:
No prazo limite de sua desincompatibilização do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa anuncia a aposentadoria da toga e a filiação a um pequeno partido político. Não terá mais do que 30 segundos. Sua decisão incendiará as eleições.

Aécio dirá que se trata de uma postulação legítima, que o ex-presidente do Supremo é um homem de bem, como Eduardo Azeredo.
Eduardo Campos dirá que é mais um candidato da nova política e que precisa ser respeitado.
Dilma dirá que não comenta pesquisa eleitoral e nem a candidatura dos seus adversários.
A Globo abrirá 10 minutos no Jornal Nacional para repercutir a decisão e fará um Globo Repórter para contar a história do menino que nasceu na pequena Paracatu, Minas Gerais, e venceu na vida. Amigos de infância, professoras, o primeiro médico, os tios e a o dono da padaria da rua onde ele morava darão depoimentos emocionados.
Todos contarão belas história do Joaquinzinho.
A Veja sairá com uma edição especial. Uma foto do ex-ministro tirando a toga com uma frase simples. Rumo a presidência.
Os jornais que se acham grandes farão cadernos especiais.
E todos os colunistas cravarão: o segundo turno agora é certo. E no segundo, serão todos contra Dilma e o PT.
Lula dirá que é melhor assim, que a decisão de Joaquim Barbosa esclarece muita coisa do julgamento do mensalão.
Os petistas que estavam mais sossegados, se sentirão desafiados a mais uma disputa histórica.
O New York Times fará uma matéria comparando Barbosa a Obama.
E o marqueteiro de Barbosa, mister W dirá que ele fará a campanha só pela internet. Que não irá a debates e que a TV será um mero detalhe. O slogan: O Brasil quer justiça.
E redes espontâneas e não tão espontâneas serão construídas para fazer a divulgação dos 10 pontos do Brasil com Justiça, a carta de Joaquim Barbosa ao País.
Haverá uma devassa na vida do ex-ministro realizada na internet. Aécio e Eduardo Campos se assustarão com o crescimento dos índices de Barbosa e iniciarão uma ação de desconstrução da candidatura dele por meios heterodoxos.
O novo candidato perceberá que os ataques subterrâneos que recebe não são do PT. Que partem de outros cantos. De adversários que só lhe desejam como alavanca para o segundo turno.
Mister W, seu marqueteiro, dirá que se quiser ir para o segundo turno, Barbosa terá que enfrentar Aécio e Eduardo. Terá que tratá-los como mais do mesmo. Como farinha do mesmo saco.
A eleição entra na reta final. Dilma na frente, com aproximadamente 50% dos votos válidos nas últimas pesquisas. E os outros três candidatos embolados entre 20% e 14%. Mas Joaquim é o quarto colocado.
De forma surpreendente, uma semana antes do pleito, Barbosa desiste da candidatura. Diz que a eleição no Brasil se tornou um vexame. Que não pode referendar um processo absolutamente viciado. E corrupto. E chama o povo a votar nulo.
Dilma é reeleita, mas o índice de votos nulos e a abstenção é um pouco maior do que nas últimas eleições presidenciais. No dia seguinte a apuração, vários colunistas começam a abordar a “pouca legitimidade do pleito e do governo”. E passam a defender teses de que talvez fosse o caso de encurtar o mandato presidencial e fazer uma grande reforma política no país, aprovando, por exemplo, o voto distrital e acabando com a reeleição. E até o parlamentarismo volta a ser tratado como uma alternativa a um momento que todos chamarão de “crise democrática”. Sim, esse será a tag do assunto. Nos jornais, será o chapéu das matérias.
Ouvi essa história de uma cartomante. Ela jura que leu isso nas cartas. E me disse, não pense em 2014, porque 2015 é que pode ser pior. Eu não sei se devo acreditar.

PANETONE COM ARRUDA

Por conta da descoberta do mensalão dos demopefelistas praticado pelo Governador de Brasília, José Roberto Arruda, cujo recebimento de dinheiro em espécie feito pelo próprio foi justicado por seu advogado como sendo para comprar panetones para os pobres, fiquem sabendo.
O panetone surgiu a partir de uma história de amor. Era o século 15, na cidade de Milão, Itália, quando um jovem se apaixona pela linda filha de um padeiro chamado Toni.
Toni, um sujeito de modos rudes e simples não aceita o relacionamento.
O jovem, para conquistar o futuro sogro e casar-se com sua deusa, consegue trabalhar disfarçado de ajudante na sua padaria.
E, para impressioná-lo, um dia inventa um maravilhoso pão com frutas.
Um pão extremamente delicado e de sabor especial.
Seu formato arrendodado, lembrava a cúpula de uma igreja. O jovem presenteou com o pão o patrão que o adorou.
O sucesso do pão foi imediato.
E ele passou a ser conhecido como o pão da padaria do Toni, depois Pão do Toni e, com o tempo, simplesmente, Panetone.
O jovem conquistou o velho Toni pelo paladar e a mão da sua amada pela persistência.
Pois é. Faltando poucos dias para o Natal, as famílias começam a pensar na ceia natalina, na brincadeira do “amigo oculto”, na troca de presentes.
E um dos prazeres do Natal é a degustação de um bom panetone, de prefência o caseiro, ainda que não seja igual aquele da padaria do Toni.
Acontece que existem panetones de todos e para todos os gostos: com trufa, frutas cristalizadas, gotas de chocolate e, agora, o mais novo dos inventos: panetone com arruda.
A invenção é dele, o ex-senador José Roberto Arruda que um dia, na companhia de um AnTONIo Carlos da Bahia que, se não era dado a fazer pães, sabia como poucos “fabricar” pizzas, de maneira que com ele tudo acabava em pizza.
Foi com o velho pizzaiolo baiano que o inventor da nova iguaria brasiliana violou o painel do senado para favorecer o governo de um “sábio” cuja sapiência, aliada a sua “competência”, fez o Brasil se ajoelhar aos pés do FMI.
O Panetone com Arruda é gigante e seu preço sai por volta de uns 75 a 100 mil reais, segundo reportagens.
Arruda é o atual governador de Brasília.
Foi de lá, da Residência Oficial de Águas Claras, que ele fermentou a massa, cristalizou frutas e adiciou folhas de arruda ao panetone com cara de pizza do PFL.
A arrecadação e o repasse do dinheiro objeto da venda do bolo arrudense é o que já estão chamando de “mensalão dos demos”.
Não que seja recomendado a ninguém fazer Panetone com arruda, muito menos o Panetone do Arruda, mas vale relacionar aqui a receita usada pela vestal e ex-lider de FHC.
Ingredientes: Massa (de manobra dos aliados, entre estes, o PIG). Pega e amaça; 1 xícara de água(s) claras (e agora turvas) morna;1 xícara de farinha do mesmo saco de trigo4 tabletes de fermento biológico fresco para acabarem com a frescura de que só o govermo Lula é corrupto; 200g de manteiga para passar na testa do Arruda e na cara de pau dele já que se botar andiroba o pão fica amargo; 1 ½ xícara de açúcar para acalmar o Agripino Maia... 1 pitada (mas poderia ser uma piada) de e sem sal; 6 gemas – e não as claras, porque lá tudo é feito às escuras... 1kg de farinha de trigo, mas 10 pacotes de notas de 20, 50 e de 100; 1 xícara de água do Rio São Francisco morninha.
Recheio: notas de dinehro; estórias picadas e picantes e generosas doses de folha. Muitas, mas muitas folhas de ARRUDA.
Ao contrário do pão do Toni, ninguém vai querer o Panetone do Arruda.

Artigo do dia, por Armando Coelho Neto


Laudo da Polícia Federal é hipocrisia
Moro, Deltan e um general moribundo são três corruptos, disse eu no texto passado. Para que não tomassem como ofensa gratuita me inclui na mesma condição, dizendo: nenhum de nós sobreviveríamos a uma sindicância mal feita. Ilustrei lembrando que quando criança, com a boca cheia de saliva, recriminávamos o coleguinha que de soslaio lambeu escondido o bolo de aniversário…  Dali evoluímos para a hipocrisia que levou delegados, procuradores da República, juízes federais a condenarem Lula, em conluio com a mídia. Eu estava e ainda estou sob impacto emocional pós-leitura dos laudos sobre o sítio de Atibaia.
As três figuras acima têm personalidade controvertidas e/ou pervertidas. Cabe a pergunta: lamberam o bolo quando criança? Somos farinha do mesmo saco? Eles passariam, hoje, no “teste da farinha” – seja ela a de que fala o compositor Kid Morengueira ou a de que dizem vagantes noturnos e lírios pirados? Qual a estatura moral de quem demoniza e condena o ex-presidente Lula?
Ah!, os laudos da PF sobre o Sítio de Atibaia! Com direito a kkk, fiquei impressionado com o preciosismo detalhista dos peritos. Em dado momento, concluem que as reformas se deram num período X, pois já estava em vigor “a tomada de três pinos” (exigível partir de outubro de 2010). À exaustão, falam de imagens de satélite: o sítio não tinha campo de futebol – nas imagens anteriores ele não aparecia… Para construir o campo teria sido necessário cortar árvores, remover entulhos, etc. Como tudo isso tem custo, Moro jogou no cálculo da “propina” pro Lula. Ah! O fabricante do gerador foi pesquisado, a nota está em nome de Fernando Bittar, e mesmo assim o sítio é do Lula, segundo Moro.
A Rede Esgoto? Digo, a rede de esgoto, que pena! Não são lá muito conclusivos quanto a isso, mas demonstram que foi trocado depois da compra do sítio. Sim, tem também um quadro central do sistema de alarme antipânico do Alojamento dos Seguranças, que é “construção nova”, executada após a compra do imóvel (por Bittar, viu Marreco?). Segundo a lei, locais frequentados por presidentes ou ex-presidentes da República precisam de determinados itens de segurança. Isso inclui comunicação, alojamento para segurança, coisa e tal. Mas, em se tratando de Farsa Jato, tem até juiz excêntrico dando liminar para cassar tais direitos/prerrogativas presidenciais…
Os laudos me impactaram. Mas a lambida no bolo, quando criança, sob o olhar cúmplice, incriminador e invejoso do coleguinha não me sai da cabeça. São “bons” laudos do ponto de vista técnico, ainda que contenham impropriedades para peritos que não devem trabalhar com ilações. Desse modo, quando concluem que o sítio foi adquirido por Bittar “para uso da família Lula…” Ops! Quem tem de dizer isso é a TV Globo, Tantã Dinheirol ou o Marreco de Maringá. Bons laudos, ainda que com detalhes sórdidos como a tomada de três pinos e o entulho do campo de futebol, cujos vestígios (que pena!) “não se encontravam mais visíveis”, mas configuram “denominados Benefícios Despesas Indiretas (BDI)…”
E assim segue-se com detalhes, um rol de providências adotadas pelos barnabés da PF para chegarem à conclusão sobre o valor do sítio, algo em torno de R$ 1 milhão e 700 mil – compatíveis com o valor de mercado, afirmam. Bem mais barato que o Templo de Salomão e o apartamento de FHC em Paris. Mas, Bittar que comprou baratinho não teria grana para bancar a reforma, diz a PF.  Presumo ou deduzo que Bittar foi procurar patrocínio e deu as notas para Lula guardar… É leitor! Só pode ter sido isso, mas até hoje não sei pra quê. Aliás, depois de tanta fraude descoberta no processo contra Lula, nem sei se tais notas não foram intrujadas e levadas juntas com o videogame do netinho do ex-presidente!
Não vivo num país em que ministro renuncia por causa de uma barra de chocolate, como Suécia e Dinamarca. Entretanto, imagino que Lula também lambeu o bolo. Eu, enquanto ocupante de cargo público, sofri todo tipo de assédio. Imagino ele, ainda que a troco de nada, de alguma significância material qualquer por ato indefinido e aleatório. Assim como eu, ele, ministros da Suprema Corte, Moro, Tantã e o General Zod não se interessariam em saber quem organizou o evento X ou Y e de onde veio o jetom das palestras… Posso pensar que quem usa cuida?
Os laudos lembram o Jornal Nacional com detalhes de “pelo no ovo”, que passam por “umidade no corredor do fim da casa, pondo grelado nas paredes” (Fernando Pessoa). Não, leitor, os peritos não citam o poeta, mas citam a umidade nas paredes para provar qual construção é nova ou antiga, honesta ou desonesta! Por coincidência, o trecho citado está no poema Aniversário, isso reporta à lambida no bolo de aniversário… E por falar nisso, Feliz Aniversário Presidente Lula!
– Corta!
Eis o retrato da hipocrisia nacional. Moro, Tantã e o General Zod (um moribundo moral, físico e cívico) podem ter lambido o bolo quando crianças. Os três, de uma forma ou de outra, desfrutam oficialmente das conquistas dos pleitos de esquerda.  E, muito “aliásmente” (obrigado Odorico Paraguaçu), lutam para defender os privilégios sem os quais não se enfiariam até o pescoço na insana aventura contra o povo, movidos à hipocrisia. Instrumentalizados pelo status que a esquerda lhes deram, lutam por regalias extras que nem a direita quer lhes conferir. E isso não é um jogo de palavras, pois quem defende a valorização do Estado é a esquerda do país que eles vendem; esquerda que eles criminalizam.
Os laudos da PF não me saem da cabeça. São frutos da hipocrisia que norteia a cultura sejumoriana. A mesma cultura que tentou, no passado, via O Globo, dar a qualquer custo um apartamento para Juscelino Kubitschek, em Copacabana. Se FHC “ganhou” um apartamento em Paris, o do Guarujá só pode ser do Lula que, como é mais “o mais corrupto da história” ganhou um sítio de lambuja.
Se todos ganharam, então faz parte da cultura. Se só Lula está preso é porque o Brasil mudou e não tolera mais corrupção. Entretanto, se Moro, Tantã, STF e o general estão de boa com os corruptos do governo Bozo… Não. Não foi por causa da corrupção. É que o Brasil tem dono e o processo contra Lula é fraude mesmo, leitor! Farsa com grelado na parede moral dos oficiantes da Farsa Jato, com STF e tudo + uma forcinha de um general moribundo (General Zod, claro!)
Impregnado de laudos da PF, finalizo (talvez não) dizendo que imbuídos do falso moralismo, os três pregam a moral e honradez que não têm. Sob desculpa de combater a corrupção, patrocinaram um golpe de Estado seguido de uma eleição presidencial fraudulenta. Para dar sustentação a essa fraude, pregam irresponsavelmente o “sevirol” em nome de meritocracia para uma corrida em que o pobre já larga em desvantagem: o Saci povo concorre com atletas patrocinados pela Nike e a isso chamam “Brasil acima de tudo”, apropriando-se da bandeira nacional…
Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus! “Existe um povo que a bandeira empresta. P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!… Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!” (Castro Alves).
Mas, Feliz Aniversário, Lula!
Armando Rodrigues Coelho Neto - escritor, jornalista, ex-delegado aposentado da Polícia Federal e também ex-membro da Interpol.

Veja: o Pânico


Eu li o artigo da Veja, e só tenho uma observação: a Veja quer enterrar a CPI, custe o que custar.
O caso Cachoeira pega diretamente o senador Demóstenes Torres (DEM/Goiás), o governador Marconi Pirilo (PSDB/Goiás), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB/GO) e o editor-chefe da revista Veja, Policarpo Jr.
A primeira reação da mídia, diante do escândalo, foi tentar envolver todo mundo: Agnelo (PT/DF), Protógenes (PCdoB/SP), e a construtora Delta -- que, segundo a imprensa, "faz negócios com o Governo Federal" -- convenientemente omitindo o fato de que a Delta faz negócios com todas as esferas do governo, em diversos estados, inclusive São Paulo!!!
Notícias recentes da Folha, do Estadão, e da Globo, dizem que a CPI preocupa a Dilma e setores do PT; quando os mais preocupados, obviamente, devem ser o DEM e o PSDB.

Mas vamos assumir que as acusações sejam verdadeiras, e que Agnelo, Protógenes, e o próprio Governo Federal estejam envolvidos no escândalo. Este seria, sem dúvida nenhuma, o maior escândalo da história recente do país. Maior do que o mensalão, que segundo a Veja foi "o maior escândalo de corrupção da história do país". 
A Veja não quer investigação, e usa todos os artifícios que têm à sua disposição para isso: apela para a PT-fobia, para o "risco para a liberdade de expressão", para a imagem de Hitler e Mussolini... nenhum recurso é deixado de lado no objetivo de demonstrar, por A+B, que a CPI será péssima para o Brasil.
Vamos a alguns trechos do artigo (em negrito, intercalado com meus comentários):
"Com o julgamento do mensalão pelo Supremo a caminho, os petistas lançam uma desesperada ofensiva para tentar desviar a atenção dos crimes cometidos por eles no que foi o maior escândalo de corrupção da história brasileira"
Mas quem está fazendo "uma desesperada ofensiva para desviar a atenção dos crimes cometidos" é a própria Veja. (Apenas como exemplo, além dos mais de 200 telefonemas entre Policarpo e Cachoeira, agora temos evidências de que a gravação do Hotel Nahoum -- naquela fatídica capa contra "o poderoso chefão" José Dirceu -- foi feita pelo bicheiro.)
E a Veja continua, dizendo que "o PT espera desmoralizar na CPI todos que considera pessoal ou institucionalmente responsáveis pela apuração e divulgação dos crimes cometidos pelos correlegionários no mensalão — em especial a imprensa."
A imprensa não precisa do PT para se desmoralizar. Ela tem feito isso por conta própria.
"Esse truque funcionou na União Soviética, funcionou na Alemanha nazista, funcionou na Itália fascista de Mussolini, por que não funcionaria no Brasil?". E responde: "Bem, ao contrário dos laboratórios sociais totalitários tão admirados por petistas, o Brasil é uma democracia, tem uma imprensa livre e vigilante"
O Brasil é uma democracia, e a liberdade de imprensa não está sob ameaça. Qualquer um pode escrever o que quiser, e sites na internet começam a dar furos em tempo real -- antes mesmo que as revistas possam chegar às mãos dos assinantes. Isso não significa que a imprensa possa se associar ao crime, ocultar a existência de uma quadrilha por 8 anos em troca de informações privilegiadas, obtidas de maneira ilegal, e promover membros desta quadrilha a "mosqueteiros da ética".
O delírio prossegue: "Uma CPI dominada pelo PT e seus mais retrógrados e despudorados aliados é o melhor instrumento de que a falconaria petista poderia dispor — pelo menos na impossibilidade, certamente temporária para os falcões, de suprimir logo a imprensa livre, o Judiciário independente e o Parlamento."
Aqui a Veja deixa bem claro -- na sua opinião, a CPI é um instrumento para suprimir a imprensa livre, o judiciário independente, e o parlamento. É um instrumento para transformar o Brasil em um ditadura. É uma simplificação grosseira -- como outras que aparecem no artigo -- com o objetivo de causar um mal-estar com relação à CPI.
A essa altura o leitor típico de Veja deve estar pensando: "esta CPI é um perigo!"
"Enquanto o triunfo final não vem, os falcões petistas vão se contentar em usar a CPI para desmoralizar todos os personagens e forças que ousem se colocar no caminho da marcha arrasadora da história, que vai lançar ao lixo todos os que atacaram o PT e, principalmente, seu maior líder, o ex-presidente Lula."
O mais curioso, de acordo com a tortuosa lógica da Veja, é que -- mesmo que a rede de corrupção de Carlinhos Cachoeira seja "suprapartidária", isto é, envolva diretamente o PT -- esta CPI seria de interesse do partido.
"Lula viu na CPI a oportunidade política de mostrar que todos os partidos pecam. Que todos são farinha do mesmo saco e, por isso mesmo, o mensalão não seria um esquema de corrupção inaudito, muito menos merecedor de um rigor maior por parte do Judiciário e da sociedade. Para os petistas, apagar a história neste momento é uma questão de sobrevivência."
Questão de sobrevivência? A presidenta Dilma tem o maior índice de aprovação de toda a história do país, superando até mesmo o Lula; a oposição está desorientada; a própria Veja diz que o PT estaria caminhando rumo ao poder absoluto. Por que esta seria uma "questão de sobrevivência"? O artigo da Veja não consegue manter-se auto-coerente; a única coisa que está perto de se extinguir é a credibilidade da revista.
"É tamanha a ânsia de Lula e dos mensaleiros para enterrar o escândalo que, se preciso, o PT rifará o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, que também aparece no arco de influência dos trambiques da máfia do jogo."
É tamanha a ânsia da Veja para enterrar a CPI que, se preciso, deixará o petista Agnelo Queiroz livre, junto com Cachoeira, Demóstenes, Pirilo, Leréia, e, é claro, o editor-chefe da revista, Policarpo Jr.
Para defender Policarpo, sem citar o seu nome, a revista diz: "A oportunidade liberticida que apareceu agora no horizonte político é tentar igualar repórteres que tiveram Carlos Cachoeira como fonte de informações relevantes e verdadeiras com políticos e outras autoridades que formaram com o contraventor associações destinadas a fraudar o Erário."
É uma simplificação grosseira. Policarpo Jr. fez muito mais do que apenas usar Carlos Cachoeira como fonte. Ele usou e foi usado. Durante mais de 8 anos, em mais de 200 telefonemas gravados e reuniões presenciais, Policarpo Jr ajudou a promover os interesses da quadrilha, enquanto a quadrilha satisfazia os interesses da Veja.
A Veja sabia das relações de Demóstenes com Carlinhos Cachoeira, e nunca falou nada. Ou melhor: enalteceu Demóstenes, chegando ao ponto de dizer que ele era um dos "mosqueteiros da ética" do senado. A Veja também ajudou a melar uma CPI contra Cachoeira em 2004. Em troca, Cachoeira foi responsável por inúmeros "furos" da revista, em gravações ilegais que envolviam terceiros. 
Mas a Veja prossegue com a seguinte lição sobre a ética jornalística:
"Os petistas acham que atacar o mensageiro vai diminuir o impacto da mensagem. Pelo que disse Marco Maia, eles vão tentar mostrar que obter informações relevantes, verdadeiras e de interesse nacional lança suspeita sobre um jornalista. Maia não poderia estar mais equivocado. Qualquer repórter iniciante sabe que maus cidadãos podem ser portadores de boas informações. As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Isso é básico."
Se Cachoeira tivesse feito gravações de suas conversas com Demóstenes e Pirilo, isto estaria dentro da ética jornalística.
Mas Cachoeira fez gravações contra terceiros -- pessoas que não estavam envolvidas com eles. Para citar um exemplo, hoje sabemos que as filmagens no Hotel Nahoum foram obra da quadrilha. A reportagem de capa de Veja foi ironicamente intitulada "O Poderoso Chefão".
A Veja tinha acesso ao verdadeiro "chefão" -- e nunca falou nada.
A Veja teve acesso a todas as informações sobre a máfia de Goiás e nunca denunciou o esquema.
Durante 8 anos a Veja usou e foi usada por Carlinhos Cachoeira. E é por isso que estão com medo.  Mas não é só isso:
"Motivo mesmo para uma CPI seria investigar os milionários repasses de dinheiro público que o governo e suas estatais fazem a notórios achacadores, chantagistas e manipuladores profissionais na internet. Fica a sugestão."
A Veja está com medo porque não controla mais a informação. Se a CPI sair, não haverá como filtrar as informações.
Viva os blogs sujos!
Viva a internet!
por Foo