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Paulo Nogueira - O vídeo do depoimento de José Dirceu ao juiz Sérgio Moro é um retrato perturbador da Lava Jato e do próprio Moro
Prisão de Dirceu e cerco a Lula causam embaraços à Justiça brasileira
Ó tempora, ó mores, ó Moro, por Alvaro Tadeu
Chefe do cartel das empreiteiras nega propinas em eleição e inocenta José Dirceu
Zé Dirceu enquadra o juiz Moro e a turma da Lava jato
Zé Dirceu mostra a verdade. MPF, Moro e pig mentem descaradamente
O ex-ministro José Dirceu passou a atuar como consultor empresarial a partir de 2006, depois que deixou o governo Lula, em 2005, e teve seu mandato de deputado federal cassado injustamente pela Câmara. Seu trabalho sempre foi o de assessorar, em sua maioria, empresas brasileiras e estrangeiras na construção de estratégias para atuação em mercados externos, como América Latina, Europa e Estados Unidos.
Por toda sua trajetória – de líder estudantil exilado durante a ditadura a ministro-chefe da Casa Civil -, José Dirceu possui inegável capacidade de análise de conjuntura política e econômica do Brasil e, sobretudo, da América Latina, Europa e Estados Unidos. Tal capacidade é reconhecida internacionalmente e foi de fundamental importância para a JD construir sua reputação e sua clientela dentro e fora do país.
Em nove anos, a JD – Assessoria e Consultoria atendeu cerca de 60 clientes de quase 20 setores diferentes da economia, como Indústrias de bens de consumo, Telecom, Comércio Exterior, Logística, Tecnologia da Informação, Comunicações e Construção Civil. José Dirceu trabalhou, entre outras, para as brasileiras Ambev, Hypermarcas, EMS, o grupo ABC do publicitário Nizan Guanaes, além de atender a espanhola Telefónica e dar consultoria para os empresários Carlos Slim, Gustavo Cisneros e Ricardo Salinas.
Entre 2006 e 2013, a empresa teve um faturamento bruto de R$ 39,1 milhões, como foi amplamente divulgado pela imprensa nos últimos meses. Do total da receita, 85% foi gasto com o pagamento de despesas fixas e operacionais e recolhimento de impostos. A empresa registrou, em média, lucro mensal de R$ 65 mil.
Foi com esse dinheiro que o ex-ministro José Dirceu viabilizou a contratação de advogados e assessoria de comunicação para fazer sua defesa na Ação Penal 470 e também financiou as dezenas de viagens por todo o país para se defender e também participar ativamente da vida política do PT nos 27 estados da federação.
Sobre a quebra de sigilos
O ex-ministro e sua empresa tiveram seus sigilos fiscal e bancário quebrados, em janeiro, pela Justiça do Paraná. A defesa de Dirceu só tomou conhecimento da quebra dos sigilos por meio de reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, em 22 de janeiro. Menos de uma semana depois, os advogados do ex-ministro se anteciparam e apresentaram à Justiça cópias dos contratos com as empreiteiras e das notas fiscais emitidas, além de todas as declarações de Imposto de Renda da empresa.
A petição também anexou cópia dos passaportes de José Dirceu, demonstrando que ele fez, sobretudo a trabalho, mais de 120 viagens ao exterior e visitou 28 países entre 2006 e 2012. Em mais de uma oportunidade, a defesa também já manifestou que José Dirceu está à disposição da Justiça para prestar quaisquer esclarecimentos sobre sua atuação como consultor.
Em março, o juiz Sérgio Moro levantou o sigilo dos autos, o que permitiu que todo o conteúdo da quebra dos sigilos bancário e fiscal de José Dirceu e sua empresa se tornasse público e ganhasse a atenção da mídia. Foram produzidas dezenas de reportagens, em jornais e TVs, detalhando a lista de clientes e o faturamento da consultoria entre 2006 e 2013.
Como não há mais segredo de Justiça na investigação, qualquer advogado sem procuração nos autos pode pedir vistas, por meio de petição eletrônica, e ter acesso à integra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro e sua empresa a partir do site da Justiça Federal do Paraná.
Sobre os contratos com as construtoras
As construtoras, que são alvo da Operação Lava Jato, não são os maiores clientes da JD Consultoria. O setor mais atendido por José Dirceu foi o das indústrias. Desde 2006, a indústria respondeu por um faturamento equivalente a 31,79% do total, enquanto as construtoras somaram 20%.
Como já informado à Justiça, a relação comercial da JD com as construtoras investigadas na Operação Lava Jato não tem qualquer vínculo com os contratos das empreiteiras com a Petrobras e José Dirceu já se prontificou, desde janeiro, a depor à Justiça sobre as consultorias prestadas. As próprias empresas e seus principais executivos também já afirmaram, em depoimento à Justiça, sobre a natureza e realização dos trabalhos. Além das construtoras, as demais empresas atendidas pela JD confirmaram à imprensa que recorreram ao escritório de Dirceu para prospectar ou destravar negócios no exterior.
Para o Ministério Público, no entanto, os contratos de consultoria com as construtoras seriam fictícios para encobrir o recebimento de propina. Diante de uma carteira que atendeu 60 clientes que reconhecem os serviços prestados por Dirceu, por que apenas os contratos com as construtoras seriam ilícitos? Por que os contratos com a Ambev e Telefónica, por exemplo, são regulares e a relação com Camargo Corrêa e Engevix seria cobertura de pagamentos ilícitos?
Em nome da transparência e de sua defesa – mesmo mediante cláusulas de confidencialidade previstas em contrato -, o ex-ministro tornou o público os serviços que prestou às empreiteiras no exterior.
Camargo Corrêa
O contrato com a Camargo Corrêa foi o primeiro a ser questionado pelo Ministério Público e foi divulgado em dezembro do ano passado por reportagem da revista Época. Foi a partir deste contrato que os procuradores pediram a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Dirceu e sua empresa. Em 10 meses de trabalho, a JD faturou R$ 900 mil prestando serviço para a construtora em Portugal e na Venezuela.
Foi a Camargo Corrêa quem recorreu ao ex-ministro para conhecer melhor o mercado português. A consultoria de Dirceu à Camargo foi divulgada pela mídia e está registrada na biografia não autorizada escrita pelo jornalista Otavio Cabral. Dirceu viajou cinco vezes a Portugal. A Camargo Corrêa informou à Justiça que a indicação para a contratação foi feita pelo presidente do Conselho, Vitor Hallack. A construtora também confirmou os encontros do conselheiro com José Dirceu durante a consultoria.
Engevix
O contrato com a Engevix foi assinado em novembro de 2009 e teve vigência até fevereiro de 2011, também conforme documentação encaminhada à Justiça do Paraná. O presidente do Conselho da Engevix, Cristiano Kok, e o ex-vice-presidente Gerson Almada já declararam à imprensa e à Justiça, respectivamente, que o contrato com a JD teve o objetivo de expansão dos negócios da companhia na América Latina, em especial Peru e Cuba.
Almada foi enfático ao afirmar que nunca conversou com José Dirceu a respeito de contratos na Petrobras nem nunca recebeu do ex-ministro qualquer pedido para doações eleitorais. Em depoimento dado à Justiça do Paraná, o executivo detalhou a relação com Dirceu: "Ele se colocou à disposição para fazer um trabalho junto à Engevix no exterior, basicamente voltando a vendas da empresa em toda a América Latina, Cuba e África, que é onde ele mantinha um capital humano de relacionamento muito forte", disse o empresário. "Fizemos uma viagem para o Peru com o José Dirceu, onde ele tinha um excelente relacionamento. É o que a gente chama de open door, (Dirceu) fala com todo mundo, bota você nas melhores coisas, mas não resolve o close door. A gente tem que fechar contratos. Ele nos colocava em contato com vários tipos de relacionamentos."
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Cristiano Kok deu a mesma explicação: "nunca foi propina. Dirceu foi contratado pelo relacionamento que tinha no Peru, em Cuba e na África. O contrato era em torno de R$ 1 milhão, não sei exatamente."
Depois do contrato diretamente com a Engevix, o ex-ministro manteve o trabalho por meio da empresa JAMP, de Milton Pascowith, que havia trabalhado por muito tempo para a construtora. O contrato com a JAMP foi assinado no mês seguinte ao término do contrato com a Engevix. O objetivo permaneceu o mesmo: prospectar contratos para a empresa no exterior, em especial no Peru.
Ações da Engevix no Peru
No período da prestação de serviços da JD Consultoria, a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru:
Em agosto de 2008, empresa assina com o Instituto Nacional de Recursos Naturais do Peru autorização para execução de estudos para construção da hidrelétrica de Pakitzapango.
Em 2011, empresa também atuou nos estudos de impacto ambiental do projeto de irrigação da margem direita do rio Tumbes
Também em 2011 trabalhou no projeto do trem de Lima por 8 meses (mas deixou o trabalho por questão de desempenho).
A empresa também atuou na supervisão da central hidrelétrica Machu Pichu.
Demais empresas também confirmam consultorias
A imprensa, naturalmente, fez o seu papel e foi ouvir o que os demais clientes da carteira da JD tinham a dizer sobre os serviços prestados pelo ex-ministro. Todos referendaram a licitude dos contratos.
Uma reportagem do Estado de S. Paulo afirma: "Clientes dizem buscar negócios fora do Brasil", relatando declarações da EMS, Ambev e Hypermarcas. O Globo também ouviu uma série de empresas.
A Consilux Tecnologia reconheceu a contratação para assessorar a empresa "no relacionamento com o governo venezuelano". A Ambev também aponta o mesmo objetivo: ter apoio na relação com a Venezuela.
A farmacêutica EMS e a Solvi Participações disseram ter buscado com os serviços do ex-ministro a "internacionalização de suas empresas".
A Hypermarcas confirma a contratação de Dirceu para receber análises e palestras sobre o cenário político brasileiro, usando as informações como suporte para suas decisões de investimento. O publicitário Nizan Guanaes também reconheceu que se valia das análises de Dirceu para orientação estratégica do Grupo ABC.
A decisão do STF de libertar Dirceu coloca Moro e os meninos da Lava Jato no devido lugar
"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa
Cronologia de fatos que explicam os atos do ex-juiz Sérgio Moro, por José Crispiniano
- Em 2004, Sérgio Moro redige artigo sobre a metodologia da Operação Mãos Limpas da Itália (“Considerações sobre a Operação Mani Pulite”) , falando de delações, vazamentos e destruição de imagem pública. Todas práticas habituais da Lava Jato, 10 anos depois.
- Em 2005, segundo declaração do atual ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a Roberto D’Ávila, na Globonews, Moro sugeriu duas mudanças na legislação. Delação premiada e transformação de lavagem de dinheiro em crime autônomo, que não precisa de delito anterior. Foi, segundo Onyx, a diferença entre “chegar ou não no Lula”, do mensalão para a Lava Jato.
- Em 2007, Moro fecha um acordo de delação premiada com o doleiro Alberto Youssef, no caso Banestado.
- Entre 2006 e 2014, dentro de investigações contínuas do caso Banestado, Moro monitorou Youssef com interceptações telefônicas. Inclusive contra a opinião do Ministério Público da época (que não era o Dallagnol). A investigação só para com a detonação da Lava Jato.
- Em 2009, documento diplomático americano revelado pelos vazamentos do Wikileaks (código: 09BRASILIA1282_a) registra Sérgio Moro participando de uma conferência de uma semana sobre lavagem de dinheiro dentro do “Projeto Pontes”, para aproximar Judiciário, Ministério Público e polícia, americanos e brasileiros. O documento registra que os participantes no seminário (não diz quem) pediram treinamento adicional no “modelo de força-tarefa pró-ativa”.
- Em 2012, Moro é assistente de acusação da juíza Rosa Weber no caso do mensalão, o primeiro caso de uso da teoria do domínio do fato (o autor da teoria, o alemão Claus Roxin, disse que ela foi mal usada no processo do mensalão).
O que demonstram os vídeos do depoimento de José Dirceu a Sérgio Moro e o promotor Carlos Fernandes Santos Lima
Os vídeos do interrogatório de José Dirceu demonstraram a fragilidade e má intenção dos interrogadores, mas com muita firmeza, altivez, conhecimento e seriedade o interrogado, tacitamente, os carimbaram com a marca da inexpressividade do todo poderoso da mídia, Moro e cia.
Os vídeos tem algumas falas: no vídeo 2, min. 14:13, dá um certeiro em Moro quando diz sobre a sua condenação no mensalão, a "Teoria do Domínio do Fato" "que a literatura jurídica não permitia, mas que assim mesmo o condenaria". Segundo dizem, Moro foi quem ajudou a escrever esse voto para uma ministra do STF. Dirceu, na sua fala, diz que vai recorrer ou recorreu para a Corte internacional de São José da Costa Rica... ainda no vídeo 2, no min. 28:00 "a reforma dos imóveis por Pascovitch, foi na forma de empréstimo pessoal, na base da confiança, sem contrato"; vídeo 3, no 6º min. "não tenho dinheiro nem conta no exterior e a imprensa me apresenta como rico"; no 15º min. dá um cruzado em Moro ao tentar constrangê-lo sobre relação com Duque... "os delatores recebem recursos de 80 milhões, 120 milhões e eu que estou nesta situação?"; vídeo 5 no min. 3:45, diz: "os depoimentos dos delatores a meu favor também tem que valer...", a partir do minuto 14:29 ele fala sobre o avião emprestado por um empresário e que o JN mentiu ao lhe atribuir 113 voos, omitindo a escala e o uso pelo próprio empresário; no vídeo 6, min. 6:24 responde sobre os empréstimos para a reforma dos imóveis, a contratação de uma arquiteta, publicamente, e quem estava pagando era o seu Milton Pascovitch, na forma de empréstimo sem contrato, na confiança... devolve a pergunta ao interrogador ao dizer: "se houvesse algo suspeito não havia porque contratar uma arquiteta e uma reforma noticiada por toda imprensa"... no min. 9:15 ao lhe perguntar sobre o seu grupo político, Dirceu diz que é o PT,portanto mais uma das perguntas tolas dos despreparados interrogadores, filhinhos de papais; a partir do min.20:24 um promotor ao perguntar e, ao mesmo tempo afirmar, ser chefe de organização e ter tanta dívida...; por fim no min.26:49 ele condena as delações e contradições destas, o não envolvimento do PT e de Lula na Lava Jato, do cumprimento da sua pena, na Ação 470, em 26 de fevereiro/2016, do indulto que receberia se não tivesse ocorrido essa prisão, ao Juiz Moro.
Conversa Afiada: esQuadrilha de Guantámo ataca Dirceu
Se o zé fosse Ministro da Justiça e, portanto, chefe da Polícia Federal, demitia o diretor-geral da PF – aquele que tentou impedir a deflagração da Operação Satiagraha – e mandava o substituto apurar, em 48 horas, quem entregou aos repórteres Jailton de Carvalho, do Globo, e Flavio Ferreira e Graciliano Rocha, da Fel-lha (ver no ABC do C Af), o suposto conteúdo da suposta delação supostamente premiada de um suposto delator – que a Dilma, em boa hora, desrespeitou.
Trata-se de Milton Pascovitch, que, supostamente, incriminou o José Dirceu.
Como disse a Presidenta Dilma ao Obama, diante da imprensa mundial:
- Obama, você sabia que o Moro não mostra as provas ! Só vaza. Vaza, vaza ! Incrível, Obama ! É um juiz da Idade Media ! Não é inacreditável ? Em pleno Século XXI ? Pois é, Obama, na Vara de Guantánamo é assim !
Mas, o PiG e a Oposição continuam a governar o Brasil na Idade Media.
E o zé da Justiça, inerte, inanimado, egocêntrico e inútil … a dizer platitudes.
Esse é o exercício diário da Esquadrilha de Guantánamo: o Juiz da Vara, os delegados confessadamente aecistas, e que o zé mantém no cargo, e os procuradores fanfarrões.
Com a colaboração inestimável do PiG.
(Dessa vez, o Fausto Macedo do Estadão, infatigável receptor de vazamentos selecionados, não foi contemplado.)
Como previu o Ministro Marco Aurélio – que, por isso, será destinado ao ostracismo pigal – essa Lava Jato toda vai cair no Supremo.
Delação não é prova, disse, aqui e aqui o novo Ministro Fachin, aquele que o Ataulpho (ver no ABC do C Af) e o Sarnemberg juravam que não chegaria ao Supremo.
Mas, até lá, a Esquadrilha de Guantánamo, o PSDB do Aecím e seus pilotos, os colonistas e repórteres do PiG – como diz o Mino, no Brasil eles são piores que os patrões – dançam o minueto do impítim.
Até lá, tentam sangrar a Dilma.
E, como a Dilma só bate quando viaja, o sangramento, aparentemente, funciona.
Porque se ela fosse como o Obama, que disse, ontem, que, se pudesse, dava uma entrevista coletiva por dia, se ela fosse como o Obama desmontava esses moros, gasparis e ataulphos da vida, uma vez por dia.
O Moro precisa desesperadamente encarcerar o Dirceu.
Sobretudo depois que o Marco Aurélio lhe retirou a escada e a Dilma falou dele para o Obama.
Botar o Dirceu na cadeia se tornou uma obsessão, como foi para eu antecessor, o Jurista do Twitter.
Encarcerar o Dirceu é meter a sola da bota na porta do PT.
É se preparar para encarcerar o Lula.
E, daí, derrubar a Dilma.
Não é outro o objetivo da Esquadrilha de Guantánamo e seus leais servidores.
O resto é o Luar de Paquetá.
O resto, como as doações das empreiteiras ao iFHC ou ao Aecím … isso não vem ao caso !
Vejam a resposta de Dirceu e seu brilhante advogado, o Dr Podval, a mais esse ataque rasante da Esquadrilha de Guantánamo:
Nota à Imprensa
DEFESA DE DIRCEU REAFIRMA LEGALIDADE DE CONTRATOS
30 de junho de 2015/
A defesa do ex-ministro José Dirceu reafirma que não teve acesso aos termos e ao conteúdo da delação premiada do empresário Milton Pascowitch e, portanto, não tem como emitir opinião a respeito. O advogado Roberto Podval esclarece, no entanto, que:
– O ex-ministro José Dirceu não teve qualquer influência na indicação de Renato Duque para a diretoria da Petrobras, informação reafirmada pelo próprio Duque em depoimento em juízo e à CPI da Petrobras.
– O presidente do Conselho da Engevix, Cristiano Kok, já afirmou à Folha de S. Paulo que contratou José Dirceu para prestar consultoria no exterior na prospecção de novos negócios.
– O ex-vice-presidente da Engevix, Gerson Almada, que também assinou acordo de delação premiada, confirmou à Justiça a contratação dos serviços do ex-ministro no exterior e foi claro ao afirmar que nunca conversou com José Dirceu sobre contratos da Petrobras ou doações ao PT.
– Todo o faturamento da JD Assessoria e Consultoria para a Engevix e JAMP é resultado de consultoria prestada fora do Brasil, em especial no mercado peruano, onde a construtora abriu sede e passou a disputar contratos depois que contratou o ex-ministro José Dirceu.
Briguilinks
- Os inconformados tetraderrotados, que babam seus rancores contra Dirceu, têm agora uma boa oportunidade de finalmente poderem sustentar es...
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Zé Dirceu: meus foram quebrados em janeiro e estão à disposição no site da Justiça Federal do Paraná
Defesa de José Dirceu deve pedir transmissão de depoimento ao vivo
Tem alguma dívida do partidarismo do Moro. Vedado pela constituição. pic.twitter.com/AmgTHpDqoL
— celso oliveira (@celsorca2011) 26 janeiro 2016
A melhor defesa para José Dirceu seria apelar a Justiça para seu depoimento aos morojás e seu chefe (o Torquemada do Paraná) ser transmitido ao vivo via web. Com certeza o deus de Curitiba negaria. Mas, pelo menos serviria para mostrar a canalhice que a quadrilha organizada, com membros da PF - Polícia Federal -, MPF - Ministério Público Federal -, Judiciário e mídia bandida é capaz de fazer na Operação vaza a jato.
O cidadão prestar o primeiro depoimento depois de passar 5 meses preso?...
Isso é tortura, chantagem e canalhice jamais visto no Brasil, nem nos tempos da ditadura.
Sobre Daniel Dantas ter sido condenado a dez anos de prisão, Eduardo Azeredo a vinte e não passarem um dia encarcerado os mininistros do STF - Supremo Tribunal Federal -, não dão um pio. E dão quando é para soltar bicudos privatistas, como fez Gilmar Dantas 2 HCs em menos de 48 horas.
É por essas e muitas outras que reafirmo pela milionéssima vez:
O judiciário é o mais corrupto dos poderes
Corja!
O golpe continua
São redundantes e ociosas as considerações morais sobre o que fez Antonio Pallocci, o primeiro petista a delatar o ex-presidente Lula em busca da salvação numa delação premiada. Há algum tempo circula no PT um diagnóstico atribuído a José Dirceu: "Pallocci já virou cachorro". Na ditadura, cachorros eram os militantes que se tornavam colaboradores da repressão, levando companheiros à prisão e à morte. Certo é que a Lava Jato, Janot e Moro retomaram a ofensiva contra o PT e o ex-presidente, apesar das lambanças envolvendo Temer, Geddel e outros partidos da coalizão governista, e pode estar em curso uma ação coordenada para fechar o cerco com a prisão de Lula. E Pallocci, com seu depoimento, forneceu uma das peças mais importantes para o roteiro que começou a ser montado esta semana. Um roteiro de filme de ação vertiginosa, em que o telespectador perde o encadeamento das cenas e o significado da narrativa.É preciso que o telespectador se confunda e permaneça assistindo passivamente ao filme, sem compreender claramente o papel dos personagens, até que venha o desfecho.
Advogada desmente em nota declarações de Youssef sobre José Dirceu
Representante do empresário Júlio Camargo de Almeida Camargo, um dos investigados sob acordo de delação premiada na Operação LavaJato, a advogada Beatriz Catta Preta, divulgou nota – a que deu o título de "Fato Relevante" – em que desmente afirmações feitas pelo também delator Alberto Youssef, sobre o ex-ministro José Dirceu. (Confiram a íntegra da nota Fato Relevante)
O doleiro preso teria afirmado que Camargo tem uma relação "muito boa" com o ex-ministro. Os termos de depoimento foram tornados públicos nesta 5ª feira pelo juiz Sérgio Moro da Justiça Federal do Paraná.
Na nota a advogada Beatriz Catta Preta acentua que "(…) quanto à ilusória e absurda conclusão de que o sr. Julio Camargo tenha uma relação 'muito boa' com o sr. José Dirceu, apenas porque este teria viajado em avião de sua propriedade, deve ser esclarecido que a aeronave em questão, qualificada como táxi aéreo, era deixada sob a administração da TAM, a qual tem o dever de cuidar da manutenção, hangaragem e afretamento da mesma. Isso significa que, ao haver interessados no afretamento da aeronave, a TAM apenas pergunta ao proprietário se utilizará o avião naquele período ou não. A responsabilidade é inteiramente da TAM, inclusive quanto ao recebimento dos valores pelo afretamento".
Beatriz desmente ainda a informação de Youssef de que a contabilidade de Júlio Camargo estaria em pen drive e sob a responsabilidade de um contador chamado Franco Clemente Pinto: "As afirmações lançadas pelo colaborador Alberto Youssef são temerárias porque absolutamente inverídicas. Não há a indicação de um elemento de prova, sequer indiciária, acerca dos fatos mentirosos ali narrados. A alusão a um certo "pen drive" não passa de criação do colaborador em questão".
No comunicado, a advogada assegura que que "tudo o que havia a ser esclarecido e informado às autoridades sobre os fatos investigados na denominada Operação LavaJato fora feito nos termos de declarações em colaboração, conforme já citado, não havendo nenhuma pendência por parte do senhor Júlio Gerin de Almeida Camargo, seja pela entrega de documentos, seja por informações adicionais".
Segundo levantamento do jornal Valor Econômico – que publica a nota da advogada – Beatriz Catta Preta atuou em nove das 12 colaborações premiadas já homologadas pelo Judiciário na investigação sobre corrupção, formação de cartel e lavagem de dinheiro na Petrobras.
Leiam aqui a nota "Fato Relevante".
José Dirceu e o erro irreparável de uma geração
Nos deparamos com a condenação a 23 anos de prisão do septuagenário José Dirceu pelo conhecidíssimo juiz Moro. Esta sentença, somada a expropriação da casa da quase centenária mãe do condenado findou por revelar uma contemporânea forma de imolação medieval capaz de provocar nos raros corações que se mantiveram sensíveis à injustiça a mais completa estupefação.